Tuesday, April 11, 2006

tracinhos - Sabes dizer "ó filha da puta, passa-me o caralho da salada antes que te foda com um soco nos colhões" a meio de uma calma e serena refeição com os avós?

7 Comments:

Blogger Xanusca said...

Naaaa. do Norte sou eu!! E eu não falo assim!!

12:23 PM  
Blogger Vanda said...

saber dizer, sei :)

mas não o quero fazer :) coitados estão mortos!!!!!!! :)


agora para a Lena G. :

querida, aquele controlo activex que tens na cabana, mata-me! sou expulsa com direito a envio de relatorio de erros, conforme sucedia com o blog do meu amigo PB !

Isto é, quero-te deixar um beijo, uma flor, uma palavra e pimba :))

la vou eu por aqui abaixo!!!! :(

mas, pronto, julgo que deixando aqui seras notificada :)

espero que te sintas cada vez mais forte e melhor! tenho reparado com alegria que cada vez comentas mais!
parecem-me cada vez mais longinquas as nuvens negras que te impediam de partilhar connosco o teu tempo! :)

As tuas palavras dão me sempre uma enorme alegria...tenho saudades dos teus poemas...!!!! mas poema tu és!!!!! :)

obrigada por tudo quanto me das de bom, por teres sempre um carinho para me deixares o que so mostra a pessoa fabulosa e senivel que és!!!!

não sou eu a boa :) ÉS TU :)

e a arvore frondosa de muitos ramos e sapiencia te elevo e pequenina, me deito à tua sombra, para descansar por um breve momento ...de paz!

Um grande abraço com uma ternura enorme, daqui ate aí :)

sentis-te?

Beijos ainda. muitos.

Van

3:36 AM  
Blogger Vanda said...

nao é senivel.

É SENSIVEL :)

3:38 AM  
Blogger Lídia Amorim said...

nunca conseguiria dizer algo assim, é demasiado forte*

2:11 AM  
Blogger José Leite said...

Isto é Portugal no seu esplendor bárbaro! Será que já é o habitual e entrou no chamado "direito consuetudinário"?

9:45 AM  
Blogger Ana Luar said...

"Já me estão a cansar... parem lá com a mania de que digo muitos palavrões,
caralho! Gosto de palavrões!
Como gosto de palavras em geral.
Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar... mas
dialogar com caracter!
O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto, quando
bem aplicado é como uma narrativa aberta, eu pessoalmente encaro-os
na perspectiva literária!

Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto que têm, é como
se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes, a recuperá-los
para o convívio familiar. Quando um palavrão é usado literalmente, é
repugnante.

Dizer "Tenho uma verruga no caralho" é inadmissível. No entanto, dizer
que a nova decoração adoptada para a CBR 900'2000 não lembra ao "caralho",
não mete nojo a ninguém.

Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu contexto concreto e
significado, é como se fosse reabilitado.

Dar nova vida aos palavrões, libertando-os dos constrangimentos
estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam,
é simplesmente um exercício de libertação.

Quando uma esferográfica não escreve num exame de Estruturas "ah a
grande puta" ("... não escreve!"), desagrava-se a mulher que se prostitui.

Em Portugal é muito raro usarem-se os palavrões literalmente. É
saudável.
Entre amigos, a exortação "Não sejas conas", significa que o parceiro
pode não jogar um caralho de GT2. Nada tem a ver com o calão utilizado
para "vulva", palavra horrenda, que se evita a todo o custo nas conversas
diárias.

Pessoalmente, gosto da expressão "É fodido..." dito com satisfação até
parece que liberta a alma!
Do mesmo modo, quando dizemos "Foda-se!", é raro que a entidade que nos
provocou a imprecação seja passível de ser sexualmente assaltada.
Por ex.: quando o Mário Transalpino "descia" os 8 andares para ir á
garagem buscar a moto e verificava que se tinha esquecido de trazer as
chaves...
"Foda-se"!! não existe nada no vocabulário que dê tanta paz ao espirito
como um tranquilo "Foda-se...!!". O léxico tem destas coisas, é erudito
mas não liberta.

Os palavrões supostamente menos pesados como "chiça" e "porra",
escandalizam-me. São violentos. Enquanto um pai, ao não
conseguir montar um avião da Lego para o filho, pode suspirar após três
quartos de hora, "ai o caralho...", sem que daí venha grande mal à
família, um "chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror.

Quando o mesmo pai, recém-chegado do Kit-Market ou do Aki, perde uma
peça para a armação do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar,
a perguntar "onde é que se meteu a puta da porca...?", está a dignificar
tanto as putas como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades.

Se há palavras realmente repugnantes, são as decentes como "vagina",
"prepúcio", "glande", "vulva" e escroto". São palavrões
precisamente porque são demasiadamente inequívocos... para dizer que
uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da
mãe" ou "no ânus de Judas".

Todas as palavras eruditas soam mais porcas que as populares e dão
menos jeito! Quem é que se atreve a propor expressões latinas como
"fellatio"
e "cunnilingus"? Tira a vontade a qualquer um!
Da mesma maneira, "masturbação" é pesado e maçudo, prestando-se pouco
ao diálogo, enquanto o equivalente popular "esgalhar um
pessegueiro", com a ressonância inocente que tem, de uma treta que se
faz com o punho, é agradavelmente infantil.

Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e
jeitosas do que parecem.
É preciso é imaginação na entoação que se lhes dá.
Eu faço o que posso."

by: Miguel Esteves Cardoso

3:03 PM  
Blogger Louco Ode Sonhador said...

Tem nível, direi mais: muito nível, terei até a ousadia de dizer que é filosófico. Vou seguir a tua ideia e até alterar um pouco: esperar por um jantar familiar no Natal e declamar tais palavras.
Como diz o povo Basco
Eskerrik asko
Agur
Abraço até um dia

7:09 AM  

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